Globalização: a necessidade de equilibrar o jogo

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O Mundo Globalizado

Em um mundo globalizado, como o que vivemos hoje, é certo que cada nação invista tempo e dinheiro em recursos dos quais tem mais afinidade, expertise ou até mesmo recursos naturais. 

Nesse sentido, o Brasil e a Austrália, por exemplo, podem muito bem focar em recursos naturais, industriais e energéticos. Já a Índia está mostrando maior capacidade em especialidades voltadas à tecnologia, embora sua sociedade ainda precise se ajustar de maneira civilizatória. 

Segundo Frank Geyer Abubakir, acionista e presidente do conselho da Unipar, esse jogo, que inclui desde grandes potências até países exportadores de commodities, pode ser chamado de livre mercado e é uma extensão saudável da realidade que já vivemos. Principalmente com a internet e a co-dependência que uma nação ou outra têm entre si. 

O grande problema, alega Frank Geyer, é que, como em um jogo, os países precisam seguir regras rigorosas para manter o equilíbrio, o fair play entre os integrantes. Entretanto, não é dessa forma que acontece. Com isso, têm-se um desequilíbrio que não altera apenas o “placar”, mas todo o funcionamento do livre mercado, tornando-o injusto e ineficiente. 

Essa discrepância entre quem segue as regras e quem não segue gera conflitos que influenciam diretamente o mercado global. Ainda, a experiência, que deveria ser boa, torna-se uma narrativa cansativa. Desse modo, alguns pontos sempre serão mais afetados — assim como algumas nações. 

Meio Ambiente: fogo cruzado

“O caso do meio ambiente é sintomático”, escreveu Frank Geyer Unipar em uma de suas colunas para o Correio. Algumas nações, na corrida por resoluções rápidas e desempenho a qualquer custo, utilizam-se de processos produtivos totalmente poluentes — e não são cobrados por isso. Por quê? Ninguém sabe. 

Enquanto isso, outras nações são cobradas e têm a questão ambiental como assunto fundamental. Essa pressão que recai para alguns e não para outros parece ser até hipocrisia, afirma Frank Geyer Unipar

Muitas vezes, os países mais ricos pagam para que os mais pobres poluam menos, porque é de conhecimento de todos que as regras deveriam acontecer de forma igualitária — a não ser que haja uma recompensa para quem não joga o jogo da maneira que deveria. 

A verdade, segundo Frank Geyer Abubakir Unipar, é que muitos países não estão cumprindo as regras vigentes do mercado global. Coincidentemente, trata-se de nações cuja democracia apresenta fragilidades ou se mantém ausente, ainda, alega que a falta da imprensa livre pode contribuir para a não cobrança de lideranças nacionais e internacionais. 

E quem fica no meio desse fogo cruzado é ela: a natureza. A fauna e a flora estão ameaçadas porque alguns líderes não conseguem compreender a necessidade da preservação. Ao mesmo tempo, há uma estranha fascinação pelo trabalho escravo e a pirataria de produtos. Esses países estão sendo monitorados ou notados por alguém? Definitivamente não. 

Tupiniquim ameaçado

Em nosso quintal, enfrentamos o custo de viver no Brasil, que possui um enorme potencial para recursos, artes, ciência, porém sofre com as lacunas de infraestrutura, com o descaso para com a população, a burocracia em demasia e impostos que nos sufocam.

Em sua menção, Frank Geyer finaliza, dizendo que os brasileiros não devem ignorar as mazelas do sistema em que os produtores estão inseridos, e sim lutar para que o jogo da globalização seja jogado de forma justa e coerente.

Portanto, para que possamos ansiar por dias melhores, com mais prioridade e justiça: jogar limpo é o desejo de todos!

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