No alvo: novas aquisições da Unipar

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Conheça as novas aquisições da Unipar

Praticamente com dívida quitada, a Unipar estuda cinco ativos, no mínimo, para aquisições que renderão novas oportunidades de crescimento, segundo fontes.

As alternativas vão desde ativos nos EUA, Europa, México e Brasil, país onde a companhia é vista como compradora lógica para a Oxiteno, empresa que foi colocada à venda há pouco tempo pela Ultrapar.

Vindo em um momento apropriado, em que a Unipar acaba de se recuperar do desequilíbrio causado pela aquisição de Indupa-Solvay, comprada em 2016, o movimento já estava sendo analisado e previsto antes mesmo da pandemia surgir no Brasil. O chairman da companhia, Frank Geyer Abubakir, e seu CEO, Maurício Russomano, já estavam  estudando alvos desde janeiro do ano passado.

A Unipar procura por ativos que a somem em seu quadro com a diversificação geográfica. Porém, a companhia esclareceu que está frequentemente de olho em possíveis oportunidades e alternativas relevantes para investir, assim como em participações societárias.

Atualmente, a Unipar tem seu valor de mercado avaliado em incríveis R$ 5,2 milhões, marca consagrada na B3, em janeiro deste ano.

Apesar do preço de termoplásticos não estar em sua melhor performance dentro do seu ciclo, a comercialização do papel está rendendo bem. Nos últimos três meses, porém, a demanda mundial por PVC aumentou absurdamente, fazendo com que os preços subissem.

Pouco conhecida pelo consumidor final, a Unipar participa ativamente da economia brasileira com a venda do seu PVC, pois boa parte do faturamento provém da comercialização deste item. Muitos não sabem, mas o material é muito utilizado em tubos para encanamento de água e esgoto. Também é possível encontrar o PVC em conexões, pisos e esquadrias da construção civil, assim como em forros, por ser um produto onde as chamas não se espalham em uma situação que ocorra fogo.

O PVC que foi essencial na pandemia para a fabricação de máscaras, cateteres e bolsas de sangue, e foi utilizado como barreira contra o Covid-19, em sua forma fluída, de plástico filme, onde a proteção e higienização diária contra a proliferação do vírus se tornou uma rotina essencial. 

O material, nesta forma de filme que sempre foi muito usado em cozinhas para lacrar recipientes – conservando os alimentos – vem sendo utilizado de diversas formas, em superfícies que são compartilhadas por muitas pessoas, evitando assim, a contaminação durante a pandemia.

Outros dois produtos que contribuem para o crescimento da companhia são o cloro que, produzido pela empresa, é utilizado para o tratamento da água de São Paulo e mais três estados; e a soda cáustica, fabricada em Cubatão, com infinitas possibilidades de utilização, sendo algumas: shampoo, sabonete, na indústria alimentícia (utilizado para equilibrar o pH), na fabricação de alumínio, de papel e de celulose.

Após sofrer uma queda brusca durante a primeira fase da pandemia, com a baixa procura por PVC, a Unipar vive um momento de retomada em “V”, principalmente em julho pois, segundo o CEO, Maurício Russomanno, a demanda foi gigantesca e as vendas explodiram. Esse ritmo de crescimento continuou seguindo assim nos meses agosto e setembro, conseguindo atender a todos os pedidos, que fizeram parte do histórico de vendas que, mesmo não sendo recordista, foram excelentes.

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